Resultado Do Tratamento Das Fraturas Do Colo Femoral Pela Técnica Da Pinagem Percutânea Em Um Hospital Universitário
DOI:
https://doi.org/10.37497/JMRReview.v2i1.31Palavras-chave:
Ortopedia, Traumatologia, Cirurgia, Reabordagem, Osteonecrose da Cabeça FemoralResumo
Introdução: As fraturas proximais do fêmur são as mais comuns envolvendo a articulação do quadril. O registro de dados clínicos sobre fraturas corrigidas pela técnica de pinagem ajudaria na compreensão do desenvolvimento, resultado e prognóstico da cirurgia.
Objetivo: Verificar a eficiência do tratamento das fraturas do colo femoral com a técnica da pinagem percutânea.
Método: Os dados para confecção do trabalho foram coletados dos prontuários dos pacientes já arquivado, sendo eles: idade, lado acometido, sexo, tempo do trauma ao tratamento cirúrgico, classificação da lesão, e se foi necessária reabordagem cirúrgica. Foram incluídos na amostra pacientes portadores de fratura de colo do fêmur no período de setembro de 2010 a setembro de 2020.
Resultados: Foram estudados 43 pacientes, em sua maioria mulheres (26), com idades entre 50 e 65 anos. O tempo decorrido entre a fratura e a cirurgia foi, em média, de 48 horas. Quanto à classificação das fraturas, 20 pacientes eram Garden III (47%), caracterizando uma fratura completa com desalinhamento das trabéculas do colo com o acetábulo. Pela classificação AO, foram observados 27 casos 31B2 (63%), caracterizados pela presença de fratura transcervical no colo fêmur. O índice de sucesso das cirurgias de pinagem do colo foi de 65% (28 pacientes). Em relação aos 15 pacientes que necessitaram de reabordagem (35%), em 5 esta ocorreu entre seis meses e um ano de seguimento, em 3 ocorreu de um a dois anos, e em 7 ocorreu após dois anos.
Conclusão: Os pacientes operados em nosso Serviço eram, em sua maioria, mulheres idosas e com fraturas Garden III, que foram operadas em aproximadamente 48 horas após o evento traumático. Apenas uma minoria dos pacientes necessitou de reabordagem cirúrgica, especialmente após dois anos, sendo os principais motivos a ocorrência de osteonecrose da cabeça femoral, pseudoartrose e cut out. Os autores chamam à atenção para a elevada prevalência da fratura em idosos, assim como seus riscos e complicações, levando em consideração os dados relatados no presente levantamento.
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