Perfil Epidemiológico De Pacientes Com Fraturas Diafisárias De Tíbia Distal Com Traço Espiral E Fraturas Do Maléolo Posterior

Autores

  • Artur de Oliveira Ribeiro Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.
  • Nicole de Machado Cirilo Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.
  • Rafael Krawczun Maruoka Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.
  • Karen Mayuri Kato Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.
  • Arthur Tescarolli Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.
  • André Felipe Ninomiya Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.
  • Nilson Nonose Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.

DOI:

https://doi.org/10.37497/JMRReview.v2i1.36

Palavras-chave:

Ortopedia, Traumatologia, Fraturas, Tíbia, Maléolo, Fratura em Espiral

Resumo

Introdução: As fraturas do maléolo posterior (FMP), assim como outras lesões articulares do tornozelo, são conhecidas por ocorrerem concomitantemente com a fratura diafisária de tíbia distal (FDTD), especialmente quando há um padrão espiral ou oblíquo. Se negligenciadas, tais fraturas podem levar ao deslocamento iatrogênico durante o hasteamento intramedular, bem como a resultados insatisfatórios, mesmo quando a união completa da diáfise da tíbia foi alcançada. Além disso, é aceito que as fraturas maleolares posteriores e mediais requerem fixação na maioria dos casos, evitando assim a perda de redução pós-operatória.

Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes portadores de FDTD com traço espiral e as FMP atendidos em nosso Serviço.

Método: Foram incluídos no estudo pacientes atendidos no Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF, localizado em Bragança Paulista – SP, no período de janeiro a dezembro de 2022. Dos prontuários dos pacientes foram avaliados sexo, idade no trauma, presença de quaisquer comorbidades, mecanismo do trauma, tratamento instituído, ocorrência de consolidação efetiva após o tratamento, e clínica evolutiva.

Resultados: Em nosso estudo, as idades dos 5 pacientes variaram de 26 a 75 anos, e os dois pacientes que mantiveram acompanhamento em nosso Serviço apresentaram consolidação, sendo uma delas apenas parcial devido à perda de seguimento. Nenhum dos dois pacientes acompanhados apresentou complicações pós-cirúrgicas, e ambos passaram a deambular sem auxílio e sem queixas após a fixação.

Conclusão: Acreditamos que muitas FMP não foram diagnosticadas em nossa amostra devido à falta de utilização da Tomografia Computadorizada (TC), disponível em nosso Serviço. Sendo assim, sinalizamos a importância da TC para diagnóstico desses casos, o que provavelmente aumentará a acurácia do diagnóstico, permitindo assim prestar atendimento adequado a esses pacientes.

Biografia do Autor

Artur de Oliveira Ribeiro, Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.

Serviço de Ortopedia e Traumatologia. Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.

Nicole de Machado Cirilo, Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.

Serviço de Ortopedia e Traumatologia. Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.

Rafael Krawczun Maruoka, Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.

Serviço de Ortopedia e Traumatologia. Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.

Karen Mayuri Kato, Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.

Serviço de Ortopedia e Traumatologia. Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.

Arthur Tescarolli, Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.

Serviço de Ortopedia e Traumatologia. Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.

André Felipe Ninomiya, Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.

Serviço de Ortopedia e Traumatologia. Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.

Nilson Nonose, Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.

Serviço de Ortopedia e Traumatologia. Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF. Bragança Paulista – SP.

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Publicado

2023-11-08

Como Citar

Ribeiro, A. de O., Cirilo, N. de M., Maruoka, R. K., Kato, K. M., Tescarolli, A., Ninomiya, A. F., & Nonose, N. (2023). Perfil Epidemiológico De Pacientes Com Fraturas Diafisárias De Tíbia Distal Com Traço Espiral E Fraturas Do Maléolo Posterior. Journal of Medical Residency Review, 2(1), e036. https://doi.org/10.37497/JMRReview.v2i1.36

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