Enxerto De Pele Após Síndrome Compartimental Em Antebraço: Relato De Caso
DOI:
https://doi.org/10.37497/JMRReview.v3i00.73Palavras-chave:
Síndrome Compartimental, Tratamento Emergencial, Ortopedia, Recuperação FuncionalResumo
Introdução: A síndrome compartimental é uma condição clínica emergencial caracterizada pelo aumento da pressão em um compartimento muscular, o que compromete a perfusão sanguínea e provoca danos teciduais. Quando não tratada de forma imediata, pode resultar em complicações severas, como necrose muscular e perda funcional do membro afetado. Objetivo: Relatar um caso de síndrome compartimental em antebraço tratada com enxerto de pele.
Método: Este estudo descreverá um paciente atendido no Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus (HUSF), localizado em Bragança Paulista – SP.
Relato do Caso: Paciente masculino, 45 anos, admitido após picada de serpente Bothrops no antebraço esquerdo, apresentou dor intensa, edema progressivo e sinais locais de envenenamento. Apesar do soro antiofídico e analgesia, desenvolveu sinais de síndrome compartimental, sendo necessária uma fasciotomia de emergência. A cirurgia proporcionou alívio da pressão, com evolução satisfatória e posterior enxerto cutâneo para fechamento da ferida. Após recuperação completa, o paciente apresentou mínima perda funcional e sem complicações adicionais.
Conclusão: A evolução do caso apresentado foi favorável, evidenciando a importância de uma abordagem rápida e eficaz em envenenamentos por serpentes. A administração precoce do soro antiofídico e o manejo adequado das complicações, como a síndrome compartimental, foram fundamentais para preservar a função do membro afetado e evitar sequelas. A fasciotomia e o enxerto cutâneo, seguidos de cuidados pós-operatórios, garantiram a recuperação completa do paciente, que manteve a funcionalidade e não apresentou complicações adicionais. Esse caso reforça a necessidade de vigilância e intervenção multidisciplinar para otimizar os desfechos em acidentes ofídicos graves.
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